quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Jünger, Venner e Maurras


Venner went on to discuss two of his major influences: Charles Maurras and Ernst Jünger. He admired Maurras’ hard-nosed character and his courage in the face of ordeals. After his trip to Athens in 1898, Maurras returned a convinced pagan, an inspiring thought to Venner. Venner looked to Homer as the foundation of European civilization: nature as the base, excellence as the principle, and beauty as the horizon.
Those values he received from Maurras who, however, was never confused about the true French identity which was created by the forty Catholic kings of France. While the foundation is important, the structure arising from it is what counts.
Jünger was authenticated by his life, in Venner’s eyes. Venner was moved by Jünger’s high spirituality formed in the forests and nature. He quotes St. Bernard:
You will find more in the forests than in books. The trees will teach you things that no master will tell you.
That is the spirituality of Jünger’s French and Gaulish ancestors, which is what Venner terms “tradition”, which “develops in us without our knowing it.”
Venner never mentioned that both Maurras and Jünger converted to Catholicism before their death. It is hard to believe that, in such thoughtful men, that was from weakness or ignorance. Most likely, it is the correct conclusion of old men who have known nature, excellence, and beauty, yet were still seeking for their fulfillment. Ironically, in Venner’s words, in those men tradition slowly developed within them. Venner makes the choice starkly clear: conversion or suicide. Mock me if you will, I am just trying to save you many years of lost time, if not suicide.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Dinheiro, Dinheiro, Dinheiro


Sou muito católico. Na realidade, não interessa se é muito católico, o importante é conhecer bem a família. Somos todos iguais perante Deus, logo se vê: o cerimonial, o aprumo, as eminências embatinadas são as mesmas, tratando-se de um Cavaleiro da Ordem de São Não-sei-Quantos ou da filha de uma peixeira. Que horror, mas como poderia ser de outra forma? Cada um ao seu nível. «Na casa de Meu Pai há muitas moradas». Evidentemente, há solares, há umas moradias para esses novos-ricos detestáveis com quem vou casar os meus filhos, e há os bairros sociais para essa gente muito santa, de quem eu quero muita distância. Dinheiro, Dinheiro, Dinheiro.
Está feita a actualização do meu sistema.
Perdido nestes delírios, empreendi.
Uma das hipóteses macroeconómicas que tem, embora implicitamente, tido mais impacto na nossa vida corrente é a … Oh, o texto já vai tão longo. O que interessa é que empreendi, sou um empreendedor. Se falasse agora do que empreendi, alguém leria? Alguém tem tempo para ler? Isto não é um Relatório e Contas, e mesmo que fosse, sabe Deus – perdão, Dinheiro – quantos o leriam. 
Hugo, fizeste bem. Neste texto, perdeste-te. Já não há volta a dar. É um texto para esquecer. Para a semana falaremos então do que interessa: Dinheiro, Dinheiro, Dinheiro. 
HPdA

domingo, 5 de janeiro de 2014

Entre a Tradição e a Modernidade

(trascrição em VII partes do artigo publicado n'O Diabo, 27 de Agosto de 2013)

O papel que Dom Miguel desempenha na nossa história está ligado a esse duríssimo combate entre a Tradição e a Modernidade que assaltou o Mundo Ocidental a partir do século XVIII. Esse assalto prende-se, contudo, à destruição da unidade do mundo cristão iniciado pela Reforma Protestante do século XVI. A grande tradição europeia está povoada das lendas de grandes reis que purificaram os seus reinos após períodos turbulentos de caos e desordem: desde o Rei Artur, passando por São Fernando de Castela e São Luís de França, o grande Santo Estevão dos Húngaros ou Frederico Barba-Ruiva para os imperiais germânicos, todos estes personagens de qualidades míticas possuíam um grupo de qualidades comuns. Eram homens pios, corajosos e valentes, detentores de algum tipo de habilidade mágica (como o dom de curar) que asseverava a sua concordância com a natureza divina da sua Realeza.
A personalidade profundamente europeia desta tradição cavaleiresca está plasmada nos Nove da Fama, os modelos exemplares do ideal de cavalaria, que sintetizam as três tradições que formam a Europa: a pagã ou gentia (através de Heitor de Tróia, Alexandre Magno e Júlio César), a hebraica (através de Josué, filho de Abraão e conquistador de Canaã, David, rei de Jerusalém e Judas Macabeu, reconquistador da liberdade dos israelitas) e por fim, a cristã (Artur, rei dos Bretões e dos Cavaleiros da Távola Redonda, Carlos Magno, Primeiro Imperador do Sacro-Império e Pai da Europa, Godofredo de Bulhão, cruzado e Guardião do Santo Sepulcro).

A reforma protestante e mais tarde a ruptura iluminista, especialmente na sua vertente revolucionária, deitam por terra esta cultura conjunta, criando uma nova religião social sobre as ruínas da antiga ordem: o Liberalismo, posteriormente os seus sucedâneos Capitalismo e Socialismo. O mundo da Tradição não é, contudo, derrotado facilmente, e através dos seus paladinos, entre os quais se conta em posição de relevo Dom Miguel, resiste.

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves