segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sobre a Missa em Dó

Beethoven: "O Kyrie contém uma profunda submissão, um autêntico sentimento religioso; sem ser triste, reina no todo uma grande doçura. Há, portanto, muita alegria em tudo isto. O Católico vai ao domingo à Igreja, alegremente ataviado. O Kyrie é uma introdução a toda a Missa e uma certa expressão demasiado forte deixaria poucas possibilidades para os passos em que tal for necessário."

Manuel Faria: "Ora, cremos bem que estas palavras além de exprimirem uma convicção profunda e clara, são até lição perfeitamente válida ainda para os católicos de hoje em dia"

Schindler (amigo de Beethoven): "No dia 20 de Abril de 1823 estávamos à mesa, ali pelo meio dia. O intendente da condessa Schefgotsch veio com a partitura de um novo texto para a primeira Missa (aquela em Dó, Op.86). Beethoven abriu o manuscrito e começou a ler rapidamente. Quando chegou ao Qui tollis do Gloria, as lágrimas começaram a banhar-lhe as faces. Ao Credo começou a chorar fortemente e teve de interromper a leitura. Dizia: «sim, sim - foi o que senti, quando escrevi»."

Romain Rolland: "Que dizia a paráfrase alemã do Qui tollis? Isto:
- Ele aguenta com terno amor, com fiel graça paterna, cheio de piedade, o próprio pecador...
Ele é o apoio dos fracos, o auxílio dos oprimidos, a esperança dos cansados de viver. Nenhum lamento chega até Ele em vão. Nenhuma lágrima cai no vácuo..."

Manuel Faria
Beethoven Compositor Católico
Separata da revista Cenáculo
Braga -1977

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves