sexta-feira, 17 de junho de 2011

Aristofobia

A falta de percepção para esta questão do medo dos mais capazes faz com que as massas apontem a sua fúria aos políticos e à política. Contudo, o problema não é de ordem política, e os políticos fazem tanta falta tal como o padeiro ou o sapateiro. O problema é pois metapolítico porque a questão da Igualdade está no espaço da metafísica e joga com o impalpável. Assim, as massas são incapazes de perceber que a mudança que se deu em 1789 foi mais religiosa do que política, passou-se do campo do real e do ideal para o campo da abstracção e da utopia.

Essa pretensa Igualdade provocou a indiferenciação entre o moral e o imoral, entre o virtuoso e o viciado, entre o competente e o incapaz, entre pais e filhos e por aí fora. Provocou ainda a opressão dos que cumprem os seus deveres e libertou de constragimentos aqueles que são incumpridores e transgressores. A sociedade ficou como é fácil de perceber com os valores subvertidos sobressaindo a imoralidade pública, que sem obstáculos saiu vitoriosa. A subversão moral desarmonizando a sociedade, obviamente, não pode trazer felicidade e bem-estar, por mais conforto que o materialismo possa oferecer a insatisfação dos indivíduos desagregados cresce e chega ao ponto do insuportável, que o digam os clínicos de saúde mental.

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves